quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O contorcionismo nacional

Um novo ano surge e provavelmente o tema mais relevante deste ano é sem dúvida alguma, por acaso não é o facto do SLB vir a ser campeão este ano (=D) , são as eleições. Indiscutível, não fosse a política afectar-nos a todos.
Sendo eu um pouco tendencioso neste assunto, e o vosso outro escriba desinteressado por este tema achamos por bem trazer uma opinião externa, mas em todo o caso objectiva acerca da situação política do nosso país.

Para começar e visto que estamos no inicio de um novo ano, deixo aqui o meu desejo de um feliz 2009 para todos. E porque já diz o ditado “ano novo, vida nova”, nada melhor do que em pleno ano de eleições começar por tentar fazer um breve ponto da situação política nacional. Este é aquele momento em que devem estar a pensar “Outra vez? Não!”. Pois é. Este é um daqueles temas que tantos ditos pseudo-conhecedores das mais maravilhosas práticas políticas, económicas ou sociais adoram invocar, numa tentativa incessante de mostrar que conhecem todas as soluções e mais algumas para todos os problemas. Pois…ainda bem que existem essas pessoas, mas a verdade é que entre essas ditas soluções, os debates constantes, as discussões ou as tão raras conversas civilizadas parlamentares, cuja conclusão final é a da necessidade de convocar um novo encontro numa nova data a definir para voltar a abordar o mesmo tema, pouco de útil tem sido feito para nosso benefício. Começo por voltar atrás quatro anos, data da última eleição legislativa da qual resultou uma maioria parlamentar absoluta PS e como consequente primeiro-ministro o tão reconhecido Exmo.Sr.Dr.Eng.José Sócrates. Este senhor, talvez querido por uns mas certamente repugnado pela maioria, assumiu-se durante a campanha e aquando da sua vitória eleitoral como capaz de assumir esse cargo prometendo “mundos e fundos” e que, durante o seu belo reinado, Portugal tornar-se-ia cenário de um mágico conto de fadas. Convenhamos, nada que não seja comum. Mas fazendo uma retrospectiva desta governação pode dizer-se que “o feitiço se virou contra o feiticeiro” e, se transportarmos as expectativas de Sócrates para a realidade, se não associarmos a palavra “desastre” para o descrever, não utilizaremos outra muito diferente. De uma coisa este governo se pode “envaidecer”, é indiscutível que agitou multidões. Os diferentes protestos a que foi presenteado, com ou sem razão dos contestatários intervenientes, foram intensos e frequentes. No entanto, protestos sociais e subjectivismos à parte, se é verdade que políticos e entendimento não se coadunam, e que nunca nenhuma governação será do agrado de todos nós em simultâneo, não é menos verdade que se nos debruçarmos sobre as notícias que mais badalaram o país estamos perante um rol de polémicas espantoso. Temas tão comentados como o simplex, o controverso aeroporto da OTA, as alterações ao código penal e ao código do trabalho, a alteração da lei do divórcio, o TGV, o aumento da taxa de criminalidade, o tão requisitado computador Magalhães, as Novas Oportunidades (cujo resultado é unicamente o incremento para as estatísticas nacionais), e muitos mais que não vale a pena mencionar. Para além de tudo isso existe ainda a actual crise financeira mundial que, actualmente contribui para o agravamento da situação. Num tema tão controverso como este, não pretendo ferir susceptibilidades nem fazer juízos partidários, aliás respeito as posições opostas à minha, e acho que assim o deve ser. Exponho uma mera opinião, igual e diferente a tantas outras. No entanto, em algo que todos devemos estar de acordo é de que Portugal precisa de uma mudança, em vários sentidos. E todos nós devemos fazer por isso. É fácil? Não, não é. Mas também não é impossível.

Colaboradora,
Sofia Laia